quinta-feira, 31 de maio de 2012

Comunicação Digital e Analógica


A comunicação analógica é toda a comunicação não verbal como: postura, gestos, expressão facial, inflexão da voz, sequência, ritmo e cadencia das palavras, qualquer outra manifestação não verbal.
O homem é o único que usa os modos analógico e digital de comunicação.
O material da mensagem digital é de um grau muito mais elevado de complexidade versatilidade e abstração do que o material analógico.
A linguagem digital tem uma sintaxe lógica e, portanto é eminentemente adequada à comunicação no nível de conteúdo, os seres humanos comunicam-se digital e analogicamente. A linguagem digital é uma sintaxe lógica, complexa, poderosa, mas carente de adequada semântica no campo das relações. A linguagem analógica possui semântica, mas não tem uma sintaxe adequada para a definição não ambígua das relações.

Toda a comunicação tem um conteúdo (Forma digital) e uma relação (Natureza analógica), os dois devem ser permanentemente combinados e traduzidos um no outro. No corpo humano, a informação transmitida pelos neurônios é digital, já que os impulsos excitam ou inibem as respostas sinápticas, mas em forma de tudo ou nada. Por sua vez, o sistema humoral é analógico, já que solta ou não substâncias em quantidades volúveis, dependendo de determinados fatores. Mas, tanto o sistema analógico do ser humano, como o sistema digital, são sistemas que coabitam e atuam de forma complementar e contingente.

Na comunicação também existe um aspecto digital e outro analógico. O aspecto digital da comunicação é o que dizemos as palavras, os dígitos, os significados. O aspecto analógico da comunicação é a forma, a qualidade do que dizemos.


Paul Watzlawick (1921- 2007) foi um dos mais notáveis teóricos da Teoria da Comunicação é uma figura chave na introdução sistêmica na psicoterapia, e um pioneiro na área da terapia breve. Um dos membros fundadores do Mental Research Institute (MRI) em Palo Alto em 1960, ele é co-autor de Pragmatics of Human Communication (1967) e autor de muitos outros livros em mudança, terapia e comunicação.



Watzlawick interligou o desenvolvimento das teorias da comunicação com uma perspectiva filosófica e com a filologia para construir uma percepção do mundo que nos reenvia para o que é a realidade do ponto de vista filosófico bem como para uma compreensão dos problemas de comunicação no sistema familiar.  

Para Watzlawick, existem cinco axiomas na sua teoria da comunicação entre dois indíviduos, se um destes axiomas por alguma razão não funcionar, a comunicação pode falhar:


1. É impossivel não se comunicar: Todo o comportamento é uma forma de comunicação. Como não existe forma contrária ao comportamento ("não comportamento" ou "anticomportamento"), também não existe "não comunicação". Então, é impossível não se comunicar.

2. Toda a comunicação tem um aspecto de conteúdo e um aspecto de relação: Isto significa que toda a comunicação tem, além do significado das palavras, mais informações e essas informações são a forma do comunicador dar a entender a relação que tem com o receptor da informação.

3. A natureza de uma relação está dependente da pontuação das sequências comunicacionais entre os comunicantes: Tanto o emissor como o receptor da comunicação estruturam essa comunicação de forma diferente, e dessa forma interpretam o seu próprio comportamento durante a comunicação dependendo da reacção do outro.

4. Os seres humanos comunicam de forma digital e analógica: Para além das próprias palavras, e do que é dito (comunicação digital), a forma como é dito (a linguagem corporal, a gestão dos silêncios, as onomatopeias) também desempenham uma enorme importância - comunicação analógica.

5. As permutas comunicacionais são simétricas ou complementares, segundo se baseiem na igualdade ou na diferença;


Fonte: Viviane Amaral


TRINTA, Aluísio Ramos. Comunicação do corpo. São Paulo, Editora Ática,
2ªedição, 1990.       

P.Watzlawick, Janet H. Beavin, Don D. Jackson. Pragmática da comunicação humana. Cultrix / São Paulo 1981.
http://www.forum-mediacao.net/module2display.asp?id=46&page=2

A Interpretação dos Sonhos (Sigmund Freud)

                        

Psicanálise

É um campo clínico e de investigação teórica da psique humana independente da psicologia, desenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista austríaco (1856-1939) que se propõe à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente.

Segundo a perspectiva psicodinâmica o comportamento é movido e motivado por uma série de forças internas, que buscam dissolver a tensão existente entre os instintos, as pulsões e as necessidades internas de um lado e as exigências sociais de outro.  A perspectiva psicodinâmica teve sua origem nos trabalhos do médico com pacientes psiquiátricos, mas ele acreditava serem esses princípios válidos também para o comportamento normal. O modelo freudiano é notoriamente reconhecido por enfatizar que a natureza humana não é sempre racional e que as ações podem ser motivadas por fatores não acessíveis à consciência. Freud dava muita importância à infância, como uma fase importantíssima na formação da personalidade. A teoria original de Freud, que foi posteriormente ampliada por vários autores mais recentes e influenciou fortemente muitas áreas da psicologia, tem sua origem não em experimentos científicos, mas na capacidade de observação de um homem criativo, inflamado pela idéia de descobrir os mistérios mais profundos do ser humano.

 A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado, analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um diálogo crítico à proposições Wilhelm Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica (da época) ou seja opondo-se aos estados de coma e alienação mental.

Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.

Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana, dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos da psicologia clínica.

O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação trazida por Freud desenvolvido a partir de suas observações e experiência de tratamento através da hipnose. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias e outros métodos antigos no combate às doenças mentais.

Em 1900, no livro A interpretação dos sonhos, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.

 Freud, em suas investigações na prática clínica sobre as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida infantil, ao postular as fases do desenvolvimento sexual em: fase oral (a  zona de erotização é a boca), fase anal (a  zona de erotização é o ânus), fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual); em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade.

E, finalmente, na puberdade é atingida a última fase, isto é, a fase genital, quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas era um objeto externo ao indivíduo — o outro. Alguns autores denominam este período exclusivamente como genital, incluindo o período fálico nas organizações pré-genitais, enquanto outros autores denominam o período fálico de organização genital infantil. Desses eventos, destaca-se o complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.

Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.

O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte.

O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo evitamento do desprazer. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos, pensamento.

O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. Para compreender a constituição desta instância — o superego —  é necessário introduzir a idéia de sentimento de culpa.


Sigmund Schlomo Freud (1856-1939)

 
BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Aria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª ed. Saraiva. São Paulo. 1999.

CABAS. Antônio Godino. O sujeito na psicanalise de Freud a Lacan: da questão do sujeito ao sujeito em questão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.

domingo, 20 de maio de 2012

Testes de Ilusão de Óptica

Esta arte que que mexe com nosso inconsciente nos deixa por momentos sem saber o que esta ocorrendo, ou até por longo períodos refletimos sobre uma ilusão apresentada.
Ao longo da imagens mostradas verá o que acontece com nosso cérebro quando nos deparamos com tais imagens.

Algumas ilusões trabalham exatamente no fato de sermos juntamente com os macacos os únicos seres que percebem a noção de profundidade ou seja, enxergamos os objetos em 3D, largura, altura e profundidade;uma das explicações para este fato é que temos os olhos na frente da cabeça e não dos lados como na maioria dos animais, para perceber isto, façam os seguintes testes:
                   
      Onde está a bola dentro ou fora da caixa?

Brincar com a geometria das figuras gera uma certa confusão ao nosso cérebro. Ficando um tanto quanto difícil perceber o que é mais razoável!




Olhe fixamente para o centro do círculo por alguns instântes, e verá que a mancha azul desaparecerá!!

O azul acima tem um certo tom esverdeado quando cansamos nossa vista ao olharmos por um longo tempo para a imagem o verde vai se tornando mais homogêneo, pois no fundo tudo é verde só há mudança de tonalidade!
 
  


 

Veja esta, percebe o que esta "errado"? Quantos barras existem ai??

Novamente mais um jogo chamado de "Geometria Enganosa". É fácil enganarmos nosso cérebro com jogos de figuras, ainda mais se forem simétricas.





O círculo acima é realmente um círculo, as linhas retas que o cortam que confundem nosso cérebro, mais uma vez.

A porta esta aberta ou fechada?

   

  Onde está o erro na placa ao lado?

Esta ilusão muito usado por psicólogos mostra o a capacidade de o cérebro assimilar uma menssagem sem perceber um erro aparente, ou neste caso um excesso de informação.
Existem pessoas que percebem imediatamente o que esta errado mas há outras que levam semanas até descobrir o que esta errado, isto é o que os psicólogos chamam de GESTALT. Ao olharmos a placa, inconscientemete já assimilamos a mensagem só que não lemos palavra por palavra.
Percebe algo estranho? Olhe para o quadradinho branco que une os quadrados negros, ele esta branco, mas os seus vizinhos ficam piscando alternando entre cinza e branco! 

Fonte: 





 








quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ilusões de Ótica

http://www.youtube.com/watch?v=e5Spfx7M7iw

A Psicologia da Gestalt e a Propaganda

http://www.youtube.com/watch?v=NpvdUhBnQj0&feature=related

Gestalt


           Gestalt: A Psicologia da forma

Um dos temas centrais dessa teoria é a percepção. Os experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação de causa e efeito entre o estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. Sendo assim, o que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.

De acordo com os gestaltistas, o comportamento do homem deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo. Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto).


(Fig. 1: BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Aria de Lourdes Trassi; p.79.).


Percebemos a figura 1 como um quadrado, e não como uma figura inclinada ou um perfil (figura 2), apesar de essas últimas também conterem os quatro pontos. Se forem acrescentados mais quatro pontos à figura 1, o padrão mudará, e perceberemos um círculo (figura 3). Na figura 4 é possível ver círculos brancos ou quadrados no centro das cruzes, mesmo não havendo vestígio dos seus contornos.
A Gestalt encontra nesses fenômenos da percepção as condições para a compreensão do comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. Muitas vezes, os nossos comportamentos guardam relação estreita com os estímulos físicos, e outras, eles são completamente diferentes do esperado porque “entendemos” o ambiente de uma maneira diferente da sua realidade.
Quantas vezes já nos aconteceu de cumprimentarmos a distância uma pessoa conhecida e, ao chegarmos mais perto, depararmos com um desconhecido?  Um “erro” de percepção nos levou ao comportamento de cumprimentar o desconhecido. Ocorre que, no momento em que confundimos a pessoa, estávamos “de fato” cumprimentando nosso amigo. Esta pequena confusão demonstra que a nossa percepção do estímulo (a pessoa desconhecida) naquelas condições ambientais dadas é mediatizada pela forma como interpretamos o conteúdo percebido.
Se nos elementos percebidos não há equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade, não alcançarão à boa-forma. O elemento que objetivamos compreender deve ser apresentado em aspectos básicos, que permitam a sua decodificação, ou seja, a percepção da boa-forma.

(Fig. 2: BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Ária de Lourdes Trassi; p. 80.)


O exemplo da figura 2 ilustra a noção de boa-forma. Geralmente percebemos o segmento de reta a maior que o segmento de reta b, mas, na realidade, isso é uma ilusão de ótica, já que ambos são idênticos. A maneira como se distribuem os elementos que compõem as duas figuras não apresenta equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade suficientes para garantir a boa-forma, isto é, para superar a ilusão de ótica.
O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e, portanto, estará submetido à lei da boa-forma.
O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é denominado meio ou meio ambiental São conhecidos dois tipos de meio: o geográfico e o comporta mental.
O meio geográfico é o meio enquanto tal, o meio físico em termos objetivos. O meio comportamental é o meio resultante da interação do indivíduo com o meio físico e implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).
Observando-se o comportamento espontâneo do cérebro durante o processo de percepção, chegou-se a elaboração de leis que regem essa faculdade de conhecer os objetos. Sendo assim, o campo psicológico é entendido como um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Esse campo de força psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Os princípios verificados foram:

Proximidade — os elementos mais próximos tendem a ser agrupados. Na figura abaixo, vemos três colunas e não três linhas:

(Fig.3: BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Aria de Lourdes Trassi; p. 82.).

Boa Continuidade Parte do princípio que as partes sucedem-se umas as outras com coerência. Sem quebras bruscas e ou interrupção de sua fluidez visual. Buscamos a estabilidade visual espontaneamente.  O princípio da Gestalt da "boa continuidade" diz que os elementos gráficos que sugerem uma linha visual contínua tendem a agruparem-se. Mais ainda, padrões visuais com boa continuidade podem sugerir ao observador que o padrão continua além do fim do padrão propriamente dito. Ou seja, nós mentalmente "completamos" ou "pintamos" o restante do padrão.

Semelhança — os elementos semelhantes são agrupados. Abaixo vemos três linhas e não quatro colunas.

Fechamento — ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão. Na figura a seguir vemos um triângulo e não alguns traços.
 
Portanto, a lei básica da Gestalt é explicada: Quanto melhor for a organização visual da Gestalt em (forma), facilitando a compreensão da linguagem visual, isto é, rapidez de leitura ou interpretação, maior será seu grau de pregnância. E vice-e-versa.


Referências Bibliográficas:
BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Aria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª ed. Saraiva. São Paulo. 1999.




Este clip mostra um rato sendo treinados para pressionar uma alavanca para o reforço alimentar. O processo de moldagem envolve "reforço de aproximações sucessivas da resposta desejada." Após a exposição inicial à caixa, o rato é dada peletes de alimento para se aproximar da alavanca, em seguida, a alavanca de cheirar, tocando a alavanca, e, finalmente, pressionando a alavanca. (Um círculo verde indica a apresentação da comida.) Embora os comportamentos do rato permanecer variável ao longo do processo, a entrega de reforço seguindo comportamentos específicos aumenta a probabilidade futura desses, e semelhantes, comportamentos. Isso permite que o "treinador" para selecionar os comportamentos de reforço que são mais e mais parecida com a resposta final de pressionar a alavanca. Assim, o comportamento do rato é moldada pelas necessidades em constante mudança de recompensa.

Behavorismo

Behavorismo - do termo inglês behaviour ou do americano behavior, significando conduta, comportamento; também designado de comportamentalismo, ou as vezes comportamentismo é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. O comportamento geralmente é definido por meio das unidades analíticas respostas e estímulos investigadas pelos métodos utilizados pela ciência natural chamada Análise do comportamento.

TIPOS DE BEHAVORISMO
Behavorismo Clássico
Também conhecido como Behavorismo Watsoniano apresenta a Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais com a finalidade de prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo.
Comportamento seria qualquer mudança observada, em um organismo, que fossem consequência de algum estímulo ambiental anterior, especialmente alteração nos sitema glandular e motor.
O Behavorismo Clássico partia do princípio de que o comportamento era modelado pelo paradigma pavloviano de estímulo e resposta conhecido como condicionamento clássico.  Em outras palavras, um comportamento é sempre uma resposta a um estímulo específico (S-R a igla de estímulo-resposta).
Neobehaviorismo Mediacional
Esse modelo apresentava um esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta) onde, entre o estímulo e a respots ao organismo passa por eventos mediacionais chamados de variáveis intervenientes (em oposição as variáveis independentes, os estímulos, e as variáveis dependentes, as respostas). As variáveis intervenientes seriam, então, um componente do processo comportamental que conectaria os estímulos e as respostas, sendo os eventos mediacionais processos internos.
Baseado nesses princípios, surge então, teoria do processo de aprendizagem sustentada pelo conceito de mapas cognitivos, relaçõs estímulo-estímulo, ou S-S, formadas nos cérebros dos organismos. Essas relações geraraiam espectativas no organismo, fazendo com que ele adote comportamentos diferentes e mais ou menos previsíveis para diversos conjuntos de estímulos. Esses mapas seriam construídos através do relacionamento do organismo com o meio, quando se observa a relação entre vários estímulos. Os processos internos que permitem a criação de um mapa mental entre um estímulo e outro são usualmente chamados de gestalt-sinais.
Behavorismo Metodológico
Entendo o comportamento apenas como respostas públicas dos organismos. A questão da observalidade é central. Somente eventos diretamente observáveis e replicáveis seriam admitidos para tratamento por uma ciência, inclusive por uma ciência do comportamento. Essa admissão decorre apenas por uma questão de acessibilidade, ou seja, não seria possível uma ciência de eventos privados simplesmente por eles serem desta ordem privados.
Behavorismo Filosófico
Essa linha filosófica defende que a concepção de estado mental ou ou disposição mental é, na realidade, a concepção de disposição comportamental ou tendências comportamentais. Desse modo, relaciona diretamente o pensar e o agir, ao estabelecer esse vínculo entre o mental e o comportamental. Ao se tentar definir o que é um estado mental, se está realizando uma descrição de comportamentos, ou modelos de comportamento, nesse sentido o behavorismo filosófico analisa os estados mentais intencionais e os estado mentais representativos.
Behavorismo Radical
Foi desenvolvido não como área de pesquisa experimental, mas como uma proposta de reflexão sobre o comportamento humano. A realização de pesquisas empíricas constitui o campo da análise experimental do comportamento, enquanto a implementação prática faz parte da análise aplicada do comportamento. Nesse sentido o behavorismo radical é uma filosofia da ciência do comportamento.
TEORIA DA APRENDIZAGEM, segundo Skinner
Comportamentalismo
Segundo Burrhus Frederic Skinner, aprendizagem é basicamente uma mudança de comportamento que é ensinado através de reforços imediatos e contínuos a uma resposta à um estímulo emitida pelo sujeito, e que seja mais próxima da resposta desejada. Fortalecidas, as respostas serão emitidas cada vez mais adequadamente, até se chegar ao comportamento desejado. O behavorismo de Skinner faz parte do grupo da teoria comportamentalista.
Para entender o behaviorismo de Skinner, é preciso conhecer primeiro os dois tipos de respostas aos estímulos que ele identificou, a partir de experiências com animais em laboratórios: as respondentes e as operantes.
Respondentes são respostas eliciadas (evocadas) por estímulos. São respostas reflexas, condicionadas ou não, que se referem principalmente às reações do organismo, por exemplo, a contração pupilar diante da luz, a salivação em resposta à comida, o suor em resposta ao calor.
O condicionamento respondente é classificado como do tipo E-R (Estímulo-Resposta) (Figura) devido à correlação entre estímulo e resposta e é limitado às respostas autônomas do organismo.
No condicionamento respondente, de acordo com o diagrama da Figura 1, o estímulo controla a resposta do organismo, ou seja, E elicia (evoca) uma resposta reflexa (R) ou respondente, ao invés de provoca, produz ou causa, uma vez que a resposta está pronta no organismo.
As operantes são aquelas que não estão correlacionadas com nenhum estímulo. Os movimentos espontâneos do organismo (abrir uma porta, nadar, etc.) podem ser denominados como operantes no sentido em que operam ou atuam sobre o meio externo, sem serem evocadas. As consequências que acompanham determinados comportamentos operantes são denominadas reforços, que são os responsáveis pela repetição desses comportamentos. Para investigar como ocorre o condicionamento operante, Skinner projetou um aparelho que passou a ser denominado caixa de Skinner, a qual é um equipamento simples, mas versátil, para estudar geralmente a psicologia de um rato ou de uma pomba.

 É uma caixa com uma chave ou chaves introduzidas numa das paredes, as quais a pomba (por exemplo) pode operar dando bicadas. Há também um aparelho de alimentação (ou de recompensas) que é eletricamente operado. Os dois estão conectados de tal modo que a bicada da pomba tem alguma influência sobre o aparelho de alimentação. No caso mais simples, toda vez que a pomba dá uma bicada na chave, ela ganha comida. As pombas aprendem rapidamente a tarefa. O mesmo acontece com ratos e, em caixas de Skinner reforçadas e adequadamente aumentadas, com os porcos. Por exemplo, um rato faminto (ou privado de água por algumas horas) é colocado na caixa de Skinner e logo começa a explorar seu novo ambiente, colocando-se de pé nas patas traseiras, farejando e dando voltas. Esta é uma sequencia de respostas operantes. No condicionamento respondente, o estímulo controla a resposta do organismo - a resposta é eliciada (evocada). No condicionamento operante, não conhecemos o estímulo original que causa a resposta.
Qualquer estímulo pode ser reforço, desde que aumente a probabilidade da resposta. Essa classificação dos estímulos em positivos e negativos implica no aumento da probabilidade de resposta pela apresentação ou remoção dos estímulos.
Estímulos que, ao serem acrescentados a uma situação, fortalecem a probabilidade de nova ocorrência de resposta são chamados de reforçadores positivos. No entanto, estímulos que ao serem removidos de uma situação, fortalecem a probabilidade da resposta que os removeu são chamados reforçadores negativos.
O procedimento de introduzir um reforço positivo imediatamente após uma resposta, resulta num aumento na frequência daquela resposta. Este processo é denominado por Skinner como um condicionamento operante. Um reforço negativo, ou punição, enfraquece a resposta que o antecede E isso pode acontecer de duas maneiras: o reforço negativo fortalece a resposta que anula o reforço negativo ou o reforço negativo elimina o comportamento que originou o reforço negativo. A Figura abaixo mostra um diagrama sobre o condicionamento operante que é do tipo R, porque o organismo recebe seu reforço após a emissão de uma resposta.
Na caixa de Skinner as ações de um animal selvagem não raro são seguidas por recompensas, punições ou outros acontecimentos importantes. Na caixa cortou-se completamente o elo causal entre o comportamento e a recompensa, a mesma era dada de tempos em tempos ao animal, não importando o que ele fizesse. Agora, o que os pássaros precisavam realmente fazer era só pousar e esperar a recompensa. Mas na realidade, não foi isso o que fizeram. Pelo contrário, em seis dentre oito casos, eles desenvolveram - exatamente como se estivessem aprendendo um hábito recompensado - o que Skinner chamou de comportamento supersticioso. Skinner usou a palavra superstição porque os pássaros se comportavam como se achassem que o seu movimento habitual tivesse uma influência causal sobre o mecanismo de recompensa, quando na verdade isso não ocorria.
Um hábito supersticioso, uma vez estabelecido, podia persistir por horas, muito tempo depois de o mecanismo de recompensa ter sido desligado os animais supersticiosos de Skinner estavam se comportando como estatísticos, mas estatísticos que tinhas chegado a conclusões errôneas. Como podemos saber quais são os padrões aparentes genuínos, e quais os aleatórios e sem significado?
Um erro chamado de "falso negativo" consiste em deixar de detectar um efeito quando ele realmente existe. Um erro "falso positivo", ao contrário, consiste em concluir que algo está realmente acontecendo, quando na verdade não existe nada senão aleatoriedade.
Um erro falso negativo é cometido por um agricultor que deixa de perceber que há no mundo um padrão relativo a adubar um campo para a subsequente colheita daquele campo. Um erro falso positivo é cometido por um agricultor que pensa provocar chuva, oferecendo sacrifícios aos deuses. Na verdade, não há nenhum padrão no seu mundo, mas ele não descobre esse dado da realidade e persiste nos seus sacrifícios inúteis e devastadores.
Skinner propôs a utilização das “máquinas de ensinar”, para que a pessoa respondesse a uma questão ou problema. Se a resposta fosse correta, um mecanismo seria liberado para a próxima pergunta, podendo estar associado, por exemplo, a um som, como reforço. Se a resposta fosse incorreta, o mecanismo não se acionaria e o aluno faria outra tentativa. As primeiras surgiram por volta de 1920 destinadas a testar automaticamente a inteligência e a informação.
Na Figura 1, pode-se ver um "aparelho de Pressey, que aplica testes, avalia e ensina".

                                               
Na Figura 2, se encontra a máquina de ensinar ortografia e aritmética parecida.